Abreu ou Edno? Joel faz mistério e brinca: ‘Aqui, superstição vale’

Treinador esconde quem vai atuar no lugar de Jobson, vetado devido a um estiramento na coxa esquerda. Uruguaio tem leve favoritismo

É jogo de adivinhação. É como dar palpite sobre qual time vai vencer um clássico, quem vai ganhar uma competição antes do início. Simplesmente, é arriscar. E é exatamente isso que Joel Santana quer no Botafogo: que a definição do substituto de Jobson, com um estiramento leve na coxa esquerda, vire um jogo de erros e acertos. As opções são Loco Abreu e Edno, mas em quem você arriscaria para a partida de quarta-feira, contra o Grêmio Prudente, às 19h30m (de Brasília), no Prudentão, pela 18ª rodada do Brasileiro?

O uruguaio é ídolo, tem o carinho da torcida e, a seu favor, ainda, o bom desempenho no Campeonato Carioca. Até porque, no Brasileirão, só foi titular uma vez, no empate com o Santos (3 a 3), pela primeira rodada, e ainda não marcou um gol. Depois foi se preparar para a Copa do Mundo na África da Sul e, após retornar do Mundial, passou por um período de recondicionamento físico.

Mas o problema é que o argumento do técnico Joel Santana de que o atacante precisava recuperar a forma se esgotou. Já se passaram quase 50 dias do fim da maior competição de futebol, e Loco Abreu tem entrado regularmente no decorrer das partidas. Agora, a base para prorrogar o mistério, assim como tem sido em relação aos últimos jogos, é umas das características mais latentes do clube.

– Não defini e vai ser mistério. Semana passada, quando defini, perdi (na verdade, quando divulgou a escalação contra o Ceará, o time venceu por 1 a 0). Enquanto não estava definido, estava tudo bem. Aqui é o Botafogo, superstição vale. Ou não vale? Então vamos deixar na superstição. Se for para vencer está tudo certo. Mas vocês (jornalistas) vão adivinhar, está muito claro.

O concorrente de Abreu, que faz com que o treinador ainda tenha uma dúvida, é Edno. O atacante é uma espécie de 12º jogador. É comum ele e Caio entrarem como opção nos jogos. O atacante foi titular contra Cruzeiro, Atlético-PR e Fluminense. Curiosamente, foram duas derrotas (1 a 0 para o Cruzeiro e 3 a 2 para o Furacão) e um empate (1 a 1 com Flu). Edno tem um gol no Brasileiro, marcado contra o Vitória, no triunfo por 3 a 1.

– Cada um tem seu gosto. Um gosta mais de sal, outro de açúcar. Vou definir ainda. Mas está muito mais perto do que vocês querem do que eu quero – disse Joel, indicando um favoritismo para Abreu, cuja data da volta ao time é sempre perguntada ao treinador pelos jornalistas.

Mas Joel teve que responder ainda sobre se não seria conveniente escalar Abreu, já que ele foi bem ao lado de Herrera na conquista do Estadual.

– Pode até ser, não estou descartando. Mas há de convir que é uma característica diferente do que vínhamos jogando e vinha dando certo. Essa dupla está treinada também e sei o que pode render. Pode acontecer, quem sabe.

E o mistério está no ar.

Internacional aproveita bom primeiro tempo e vence Botafogo

Colorado ultrapassa Glorioso no Brasileiro e quebra invencibilidade do rival

Na primeira partida com os titulares no Beira-Rio após a conquista da Libertadores, o Internacional fez a festa da torcida com os três pontos neste sábado. Em casa, o Colorado bateu o Botafogo por 1 a 0, com gol de Leandro Damião. Vencedor do confronto válido pela 17ª rodada do Brasileiro, o clube gaúcho foi aos 27 pontos e ultrapassou o rival carioca, que tem a mesma pontuação, mas um triunfo a menos.

Além da queda na tabela, o Glorioso também deixou algumas escritas no Rio Grande do Sul. A derrota aponta o fim da sequência de oito jogos invicto na competição, além de quebrar a série de cinco vitórias e apagar os quatro confrontos sem gols sofridos. Pela próxima rodada, o Inter vai até Salvador para encarar o Vitória, quarta, no Barradão. No mesmo dia, mas em busca da reação, o Bota vai até São Paulo no duelo contra o Grêmio-PP.

Sem poder contar com Marcelo Cordeiro e Marcelo Mattos, Joel Santana decidiu improvisar o zagueiro Edson pela lateral esquerda e escalou Fahel como volante. De início, o tradicional esquema 3-5-2 parecia um 4-4-2, já que a maior capacidade defensiva do Botafogo era a característica mais evidente em campo. Apesar de a presença apenas regular da torcida, o Internacional partiu ao ataque e empolgou as arquibancadas com um apurado toque de bola na metade inicial do primeiro tempo.

Inspirado, D’Alessandro chamou a responsabilidade na armação das jogadas e se aproveitou da complicada adaptação de Edson ao lado esquerdo. Entre diversos lances de perigo na frente da área, o Inter quase abriu o placar aos 16 minutos. Rafael Sobis trocou passe com D’Ale e bateu firmemente ao gol, mas Jefferson voou para afastar o perigo. Por sua vez, o Glorioso explorava apenas o contra-ataque, principalmente pelos pés do ligeiro Somália.

Em entrevista coletiva na última sexta-feira, Joel Santana disse que ficar na defesa era a chave da derrota. Alvinegro recuado e gol sofrido, o primeiro após quatro partidas sem ser vazado. Aos 24 minutos, Sobis cruzou da esquerda, Leandro Damião foi nela para o desvio e Jefferson não conseguiu segurar. Colorado na frente e Glorioso exposto ao nervosismo.

Era a hora de ir para a frente, mas o Botafogo pouco produziu. E quando tentou, era melhor nem ter feito. Menção honrosa para Edson, aos 28, que tentou cruzamento pela direita e protagonizou uma das jogadas mais bizarras do Brasileirão. A bola tomou a direção oposta da meta traçada pelo jogador. Retrato de um tempo sem inspiração, mas no qual o Bota decidiu acordar na reta final.

Aos 43 minutos, Jobson ficou na frente de Renan e o goleiro fez bonita defesa. No rebote, Edson cruzou para Maicosuel e o desvio do Mago quase resultou no empate. Três minutos depois, mais pressão da Estrela Solitária. Herrera pegou forte de longe e deu trabalho para Renan. Ainda no mesmo minuto, lançamento na área achou a cabeça de Fahel, que só foi parado pelo goleiro colorado. Equilíbrio para o vestiário.

LUTA, MAS SEM GOLS

Esperança renovada para a segunda etapa, mas o Inter estava atento e quase ampliou com Leandro Damião. Mais uma vez o atacante apareceu após cruzamento, só que Jefferson mostou categoria ao afastar o perigo. Pelo menos o Bota mostrou que estava vivo, aos cinco minutos. Em posição legal, Jobson recebeu passe em velocidade e chegou na frente de Renan, mas o assistente marcou impedimento de forma equivocada.

Jobson era a saída para igualar o marcador, mas o atacante sentiu lesão na coxa esquerda e deu lugar para Edno, aos 14 minutos. O ataque, que já tinha Caio, colocado aos oito da etapa complementar, ainda ganhou Loco Abreu aos 20, mas a efetividade não veio com as alterações.

A pressão pelo empate parou na forte marcação do Inter, que não deu espaços para os homens de frente alvinegros. El Loco mostrou disposição, mas concluiu pouco. Inevitavelmente os espaços começaram a surgir na defesa do Bota, mas o Inter não deu sorte e contou com Jefferson em dia inspirado.

Caio ainda foi expulso aos 47 minutos por entrada mais forte em Andrezinho, mas o resultado já estava desenhado. Pelo primeiro tempo abaixo da média, o Alvinegro volta para o Rio sem pontos e faz o Inter ter a certeza de que pode ir muito longe no Brasileirão.

FICHA TÉCNICA:
INTERNACIONAL 1 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Beira-Rio, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 28/8/2010 – 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Auxiliares: Ênio Ferreira de Carvalho (DF) e César Augusto de Oliveira (DF)
Renda/público: R$ 240.770,00 / 14.693 pagantes
Cartões amarelos: Deley, Indio, D’Alessandro, Bolívar, Everton (INT); Jobson, Fahel, Edson, Loco Abreu, Fábio Ferreira (BOT)
Cartões vermelhos: Caio, 47’/2ºT (BOT)
GOLS: Leandro Damião, 24’/1ºT (1-0)

INTERNACIONAL: Renan, Nei, Bolívar, Indio e Kleber; Derley, Glaydson, Tinga e D’Alessandro; Leandro Damião (Everton, 29’/2ºT) e Rafael Sobis (Andrezinho, 33’/2ºT). Técnico: Celso Roth.

BOTAFOGO: Jefferson, Leandro Guerreiro, Antônio Carlos e Fábio Ferreira; Alessandro, Fahel (Caio, 8’/2ºT), Somália, Maicosuel e Edson; Jobson (Edno, 14’/2ºT) e Herrera (Loco Abreu, 18’/2ºT). Técnico: Joel Santana.

Sem tempo para treinar, Joel Santana esconde o time que enfrenta o Inter

Treinador tem três desfalques para a partida contra o Colorado, no sábado

Está cada vez mais difícil para Joel Santana preparar o time do Botafogo. Com a sequência de jogos do Campeonato Brasileiro no meio e no final de semana, o treinador teve de se contentar com treinos apenas de musculação e recreativo durante a semana. Com isso, nada de coletivo e muito mistério para o jogo deste sábado, contra o Internacional, pela 17ª rodada do Nacional, às 18h30m (de Brasília).

O problema é que o treinador perdeu três jogadores para a partida. O zagueiro Danny Morais e o lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro estão fora por conta do contrato. Eles estão emprestados pelo Colorado e, para contar com os atletas, o clube precisaria pagar uma multa alta. O volante Marcelo Mattos, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, também é desfalque.

Como comandou apenas um treino recreativo nesta sexta-feira, em Porto Alegre, Joel segue com as dúvidas. O treinador, como costuma fazer, evitou falar sobre o time que entrará em campo e deixou o mistério no ar.

– Posso antecipar sim. Vou antecipar que o time não vai ser divulgado hoje (sexta-feira), mas só antes da partida. Preciso conversar com os jogadores. Gosto muito de conversar, até para sentir olho no olho como é o comportamento deles. Mas não vai ser muito fora do que vem sendo feito. A equipe está certinha, concentrada – disse Joel Santana.

A tendência é que o treinador desloque Somália novamente para a ala no lugar de Cordeiro. O jogador é uma espécie de coringa de Joel e atua pelos dois lados, além de jogar no meio de campo. Na vitória por 1 a 0 sobre o Avaí, pela 14ª rodada, por exemplo, ele substituiu o lateral-direito Alessandro, suspenso na ocasião.

Com isso, Lucio Flavio, Túlio Souza e Renato Cajá são os candidatos para atuar no meio. Para a vaga de Marcelo Mattos, Fahel deve ser o escolhido. Neste caso, existem duas possibilidades: ou ele atua como terceiro zagueiro, função que desempenhou antes de virar reserva, e Leandro Guerreiro volta a jogar como volante, ou Fahel entra como volante e mantém a base da defesa com Guerreiro, Antônio Carlos e Fábio Ferreira, que não sofreram gols desde que começaram a atuar juntos, há quatro rodadas.

Joel elogia o paredão alvinegro: ‘Nossa defesa está mais sólida’

Invicta há quatro jogos, zaga alvinegra vira ponto forte da equipe

Montagem Antonio Carlos Leandro Guerreiro Fabio Ferreira Botafogo

O melhor ataque é a defesa ou a melhor defesa é o ataque? Pergunta para o técnico Joel Santana e os jogadores do Botafogo responderem. O Alvinegro está entre os times que mais fizeram gols no Campeonato Brasileiro – foram 27. Perde apenas para o líder Fluminense, que marcou 28. No entanto, tem chamado a atenção o excelente comportamento defensivo. Nos últimos quatro jogos, contra Ceará, Avaí, Atlético-GO e Atlético-MG, o goleiro Jefferson não foi buscar a bola no fundo do gol. A equipe derrotou todos esses adversários sem ser vazada. Uma evolução importante para que o Glorioso chegasse ao G-4 e se consolidasse na terceira posição, com 27 pontos.

– Uma defesa firme torna o time firme. A partir do momento que nossa defesa passou a se comportar melhor, paramos de ter de correr atrás do resultado. Foi assim em vários jogos. Dominávamos, mas sofríamos o gol e tínhamos de igualar o placar. Nossa defesa está mais sólida, consistente, errando menos. Antes, em vários jogos, nosso goleiro era a melhor figura em campo. Quando isso acontece, a defesa não está boa. O goleiro precisa aparecer só na hora de definir, naquela bola em que ele é o último homem. Quando passa a defender muitas, a coisa não está da maneira que gostaríamos. Houve esta melhora na defesa, está consistente, e houve uma subida da equipe. Se não sofrermos gol, nosso ataque vai fazer um gol por jogo, no mínimo. E é o que tem acontecido – analisou Joel.

Nossa defesa está mais sólida, consistente, errando menos. Antes, em vários jogos, nosso goleiro era a melhor figura em campo. Quando isso acontece, a defesa não está boa.”
Joel Santana, técnico do Botafogo

Mais confiantes e aliviados, os zagueiros comemoram o bom momento. Ver o setor receber elogios é motivo de orgulho para Antônio Carlos.

– É resultado do nosso treinamento. Nós temos um poder ofensivo muito grande, sabemos que quem entra pode resolver, então é importante segurar atrás. Estávamos sendo cobrados pelos gols. Estamos melhorando o nosso trabalho, e o time todo está ajudando. Espero que possam sair matérias sobre isso (quatro jogos sem sofrer gols) – disse, sorridente.

Fábio Ferreira é outra peça da zaga e destaca que a evolução defensiva é resultado da atenção redobrada.

Jefferson no treino do Botafogo Jefferson é peça importante da defesa alvinegra
(Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)

– Estamos trabalhando forte para não sofrermos gols, ainda mais gols bobos. Nos últimos jogos, não sofremos. O trabalho está sendo bem feito. O grupo todo tem consciência de que dependemos da segurança defensiva e dos atacantes bem – frisou.

Seria a defesa o melhor setor do time? Ou o ataque, que sempre corresponde, merece mais elogios? Leandro Guerreira acha o equilíbrio na balança.

– Os dois se completam, ataque e defesa. Contra o Ceará, era difícil vencer a zaga deles, mas nós conseguimos ganhar com um contra-ataque veloz. Não podemos eleger uma parte melhor. Tanto o setor ofensivo quanto o defensivo têm papel importante na nossa caminhada. Estamos equilibrados e prontos para seguir forte na competição – comentou o volante, que completa o trio defensivo de Joel Santana.

O paredão do Botafogo vai voltar a ser testado neste sábado, às 18h30m (de Brasília). O adversário será o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Botafogo supera defesa do Ceará e ganha 5º jogo seguido no Brasileiro

Mesmo sem jogar bem, Alvinegro carioca soma mais três pontos e mantém a terceira colocação. Time cearense deixa o G-4

o duelo entre um dos melhores ataques do Brasileirão-2010 e a defesa menos vazada, prevaleceu a força ofensiva. Apesar de não jogar bem e criar pouco para uma equipe que marcou 27 gols em 16 rodadas, o Botafogo conseguiu furar o sistema defensivo do Ceará e conquistar a quinta vitória consecutiva na competição: 1 a 0, nesta quarta-feira, no Engenhão.

Jobson, aos cinco minutos do segundo tempo, fez o gol que garantiu o Alvinegro carioca na terceira colocação do Nacional, com 27 pontos. Com a derrota, o time cearense deixou o G-4, caindo da quarta posição para a sétima (24 pontos).

As duas equipes voltam a campo no sábado. O Botafogo vai a Porto Alegre desafiar o Internacional no Beira-Rio. O Ceará recebe o Grêmio Prudente no Castelão. Os dois jogos começam às 18h30m (de Brasília).

Em relação ao time que superou o Avaí no último sábado (1 a 0), Joel Santana fez apenas uma mudança na formação titular do Alvinegro carioca: o retorno à ala direita de Alessandro, que estava suspenso, com Somália no meio. Do lado do visitante, Mário Sérgio manteve Geraldo no banco de reservas, apesar do meia ter feito o gol da vitória sobre o Grêmio (2 a 1), também no sábado.

E foi Alessandro que criou a primeira chance para o time da casa. O ala interceptou um passe de Diego Sacoman aos três minutos e fez bom lançamento para Herrera. Mas o argentino não conseguir dominar a bola. O lado direito foi a principal alternativa de ataque do Alvinegro carioca no primeiro tempo. Mas a marcação da equipe com a defesa mais eficiente do Brasileirão dificultava a criação de jogadas do anfitrião. Que, muitas vezes, apelou para bolas centradas na área. Facilmente rebatidas pelos adversários.

O Botafogo só voltou a ameaçar aos 19 minutos. Maicosuel acionou Antônio Carlos na área. Como uma ponta-direita, o zagueiro cruzou para Jobson, que, quase em cima da linha, furou. Para a sorte do atacante, a jogada já estava anulada por impedimento (veja no vídeo acima). Aos 32, os mesmos personagens criaram uma outra boa jogada. Maicosuel roubou a bola pela esquerda e passou para Jobson. O atacante foi derrubado na meia-lua, mas a bola sobrou para Antônio Carlos. O zagueiro invadiu pela direita e chutou cruzado, perto da trave direita.

Mas só aos 46, o time da casa conseguiu concluir com acerto a gol, quando Jobson recebeu no bico da área pela esquerda, cortou para o meio e chutou. O goleiro Diego rebateu.

Bem postado defensivamente, o clube visitante só ameaçou uma vez na primeira etapa. Aos 11, Washington escapou pela esquerda e encontrou Camilo na área. O camisa 7 dominou na marca do pênalti, mas se atrapalhou com a bola e foi desarmado por Marcelo Mattos.

Para o segundo tempo, apesar das dificuldades na primeira etapa, Joel Santana optou por não alterar o Botafogo, mantendo Marcelo Cordeiro e Herrera, vaiados pela torcida. E com cinco minutos, a torcida teve motivos para sorrir. Graças em boa parte ao argentino. Após lançamento do campo de defesa, Herrera dominou na altura do círculo central e deu bom passe para Jobson. O atacante arrancou, invadiu a área e tocou na saída do goleiro Diego, mandando a bola no canto esquerdo: 1 a 0.

Dois minutos após ver seu time sofrer o gol, Mário Sérgio tentou dar uma postura mais ofensiva ao Ceará, com Geraldo no lugar de Michel. O time visitante passou a rondar mais a área adversária. O goleiro Jefferson foi exigido aos 25, quando teve que cortar com o pé direito antes que o zagueiro Fabrício completasse na pequena área (no vídeo ao lado).

Em vantagem, o Bota recuou e passou a esperar uma oportunidade para sair no contra-ataque. Para isso, Joel Santana tentou dar mais velocidade ao time e mandou o atacante Caio a campo no lugar de Alessandro aos 21. Sete minutos depois, escalou Loco Abreu e tirou Herrera. No minuto anterior, Marcelo Cordeiro perdeu uma chance incrível na pequena área, cabeceando para fora após centro de Somália.

Aos 41, por muito pouco o Botafogo não foi castigado por ter recuado. Magno Alves driblou três adversários e chutou travado. A bola passou rente à trave direita de Jefferson. O goleiro, aos 44, ainda precisou se esticar para defender uma conclusão do experiente atacante, que desviou em Leandro Guerreiro. Diante da pressão cearense nos minutos finais, o Botafogo conseguiu se defender. E o apito final foi comemorado pela torcida no Engenhão.

BOTAFOGO 1 X 0 CEARÁ
Jefferson, Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Fábio Ferreira; Alessandro (Caio), Somália, Marcelo Mattos, Maicosuel (Edno) e Marcelo Cordeiro; Jobson e Herrera (Loco Abreu). Diego, Oziel, Fabrício, Anderson e Diego Sacoman; João Marcos, Michel (Geraldo), Heleno e Camilo; Wellington Amorim e Washington (Magno Alves).
Técnico: Joel Santana Técnico: Mário Sérgio
Gols: Jobson, aos cinco minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marcelo Cordeiro, Marcelo Mattos (BOT), Oziel e Diego Sacoman (CEA)
Renda: R$ 347.444,00. Público: 16.460 (pagantes) / 19.468 (presentes)
Data: 25/08/10. Local: Engenhão, Rio de Janeiro. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Auxiliares: João Antônio Sousa e Renato Miguel Vieira (DF)

Caio recebe proposta para atuar pelos EUA, mas quer a Seleção

Jogador prefere esperar por um convite de Mano Menezes para defender o Brasil e, por hora, não aceita convite norte-americano

O atacante Caio terá uma conversa mais séria com “Papai” Joel. O jogador recebeu um convite para se naturalizar e atuar pela seleção de base dos EUA. O convite, no entanto, não implicaria na saída do atleta do Botafogo, mas acabaria com as chances de o mesmo atuar pelo Brasil. Caio, de 20 anos, por hora, prefere não aceitar a proposta, pois acredita que pode ser um dia convocado por Mano Menezes para vestir a amarelinha.

– Fiquei feliz com o reconhecimento e a lembrança dos americanos. Eu era novo quando joguei por lá e, às vezes, achamos que virarmos apenas parte do passado. É legal saber que as pessoas estão de olho no meu futebol. Eu respeito e valorizo muito isso. Mas o meu sonho é jogar pela Seleção Brasileira e tenho colocado isto como um das minhas metas neste ano – disse o jogador através de sua assessoria de imprensa.

No que depender dos conselhos do treinador do Botafogo, será ainda mais difícil Caio se inclinar para um possível “sim” aos americanos.

– Vou ter a oportunidade de conversar com ele na concentração. Quero saber que história é essa de negócio de Estados Unidos. Vamos ver o que é melhor para ele e para nós, mas acho que ele não vai para lá não. No momento que eu estive para sair, ele me fez um pedido particular para ficar. Então, agora ele vai me devolver isso – disse Joel Santana.

Vale lembrar que Caio morou nos EUA de 2000 a 2006. O atacante se destacou em torneios escolares e chegou a ser convocado para a seleção sub-15 do país, mas alguns problemas burocráticos impediram sua estreia. E o atleta não se arrepende de ter voltado para o Brasil.

– Se eu não acreditasse no meu potencial ficaria nos Estados Unidos. Eu voltei para o Brasil porque tinha consciência que poderia jogar em um grande clube, como eu estou hoje no Botafogo, e poderia dar algo a mais na minha carreira.

Reserva, Loco Abreu faz falta no Botafogo, dizem os jogadores

Desde que voltou da Copa do Mundo, atacante não é escalado entre os 11

Tudo parecia caminhar para uma vaga de titular incontestável após o título do Campeonato Carioca. Durante a maior parte do ano, o atacante Loco Abreu era figura certa entre os 11. Porém, depois de defender o Uruguai na Copa do Mundo, a situação começou a mudar. Recuperando a forma física, ele está na reserva desde a volta do Mundial, há mais de um mês. Porém, já há uma certa pressão de parte da torcida para que o ídolo seja escalado, o que pode acontecer na quarta-feira, contra o Ceará, no Engenhão, pela 16ª rodada do Nacional.

– Ele faz falta sim. Mas no momento certo vai entrar na equipe. Cada um tem que entender que tem a sua hora, mas não cabe a mim falar quem joga ou não – disse o lateral-direito Alessandro.

Como Jobson está em um bom momento, Herrera, apesar de ser o artilheiro do time no Brasileiro com cinco gols, marcou apenas uma vez nos últimos oito jogos e pode ser o escolhido para dar lugar ao companheiro de posição.

– O Herrera está contribuindo para equipe. Se não está conseguindo fazer os gols hoje, é porque está ajudando de outra maneira. Ele é um jogador que marca muito lá na frente e faz o sacrifício para ajudar o time – analisou o lateral.

Apesar de existir uma parte da torcida que quer ver Loco Abreu ao lado de Jobson, o discurso dos jogadores é o mesmo do técnico Joel Santana: não existe só 11 titulares e todos têm chance de figurar entre os 11. Por isso, acreditam que quem está na reserva hoje não pode se abater e devem fazer o melhor para recuperar a posição.

– Nosso banco hoje tem muita qualidade. E o Joel sabe usar esses jogadores. Por isso, o Loco faz falta, assim como o Edno faz, o Caio… São jogadores que ajudam muito – lembrou Marcelo Mattos

Estátua de Jairzinho será inaugurada antes da partida contra o Avaí

Um dos maiores ídolos da história do Botafogo receberá uma homenagem da diretoria do clube, neste sábado

Um dos maiores ídolos da torcida do Botafogo ganhará, neste sábado, uma grande homenagem da diretoria do clube. Jairzinho terá uma estátua em frente à entrada principal do Engenhão, no Rio de Janeiro. A inauguração será antes da partida, contra o Avaí. Garrincha e Nilton Santos ganharam uma no mesmo local. A obra é do artista plástico Edgar Duvivier (Foto: Divulgação)

Edgar Duviver e estátua Jairzinho 2

Marcelo Cordeiro brinca com mistério de Joel na ala: ‘Escalou o Abreu’

Treinador do Botafogo realizou treinos fechados e não divulgou a equipe titular que enfrenta o Avaí neste sábado, no Engenhão

O técnico Joel Santana continua fazendo mistério sobre a escalação do Botafogo para encarar o Avaí, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. O treino desta quinta-feira foi fechado e a imprensa só pôde assistir aos minutos finais do coletivo. O lateral Marcelo Cordeiro disse que esconder o time faz parte do futebol e brincou quando foi perguntado se ele já sabia o substituto de Alessandro, que está suspenso, na ala direita.

– Muitos times fazem isso para dificultar a vida dos adversários e acho válido. O Joel vem analisando algumas possibilidades e acredito que tenha umas três opções. Mas ele já decidiu, escalou o Abreu – brincou.

Quanto ao adversário, Marcelo Cordeiro disse que o Botafogo precisa tomar cuidado. Segundo ele, os catarinenses vão querer usar os contra-ataques para surpreender.

– Eles têm um ataque muito rápido e vão dificultar a nossa vida. Temos que ter um sistema defensivo bem equilibrado para não sofrermos gols – finalizou.

No treino desta quinta-feira, o treinador fez várias mudanças e acabou o coletivo com uma equipe bem ofensiva: Jefferson; Somália; Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Marcelo Cordeiro; Leandro Guerreiro, Lúcio Flávio e Maicosuel; Caio, Edno e Herrera.

Jefferson elogia Renan, amigo da Seleção: ‘É um grande goleiro’

Jogadores se reencontram neste sábado pelo Campeonato Brasileiro

Depois de se tornarem amigos quando defenderam a Seleção Brasileira no amistoso, contra os Estados Unidos, os goleiros Jefferson, do Botafogo, e Renan, do Avaí, se reencontram no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão, agora como adversários. Ambos defendem clubes do G-4, têm um confronto direto na tabela e prometem realizar um duelo à parte. O arqueiro botafoguense fez questão de elogiar o ‘rival’ e previu um futuro brilhante.

– O Renan é um grande goleiro. Um garoto que quer aprender muito no futebol e ainda vai ter muito sucesso. Conversamos essa semana, mas não chegamos a falar sobre o jogo. O Avaí está muito bem servido de goleiro e teremos dificuldades para passar por ele – avaliou.

Jefferson também elogiou o time catarinense. Segundo ele, o ponto forte do Avaí é a velocidade:

– Eles têm um time muito bom e rápido. Mas o Botafogo é forte e tem tudo para conseguir sair de campo com uma vitória. Vamos com tudo para esse jogo que é muito importante na tabela.

Com esperanças de ser chamado novamente por Mano Menezes, o goleiro vai continuar trabalhando:

– Estou na luta para voltar. Mas não fico ansioso com essa possibilidade. Vou trabalhar, mas se não der…

O Avaí está na terceira colocação no Campeonato Brasileiro, com 22 pontos. O Botafogo vem logo atrás na quarta posição, com 21.